quarta-feira, 28 de março de 2012

O tesouro que possuimos




Há homens que nunca disseram para a pessoa que ama  "o que eu posso fazer para te deixar mais feliz?", "me ensina a te amar", "onde errei com você e não percebi?" Têm medo de ser apenas um ser humano. Falam de tudo, mas não de si mesmos. Seu "eu" está doente e sua capacidade de amar, fragilizada e fragmentada.

Por outro lado, há mulheres que jamais perguntaram aos seus amados "quais são seus sonhos?", "o que eu posso fazer para te ajudar?", "o que te faz feliz?", "como posso fazer para te fazer mais tranquilo?". Elas, às vezes, são pessimistas e excessivamente críticas. Reclamam da insensibilidade deles, mas não sabem desarmá-los. Não sabem que dentro de um gigante existe uma criança querendo respirar. Nem muito menos sabem fazer um marketing pessoal ou exaltar sua auto-estima; ao contrário, exaltam seus defeitos, inclusive do seu corpo, defeitos esses que estão super-dimensionados ou apenas na cabeça delas.

O amor dos romances, o "felizes para sempre", não tem eco nas páginas da psicologia nem nos textos da sociologia. Se você não quiser experimentar frustrações ou decepções é melhor ficar longe do amor, pois se amar deve saber que, por melhor que seja a relação, um dia haverá frustrações inesperadas, expectativas não correspondidas e reconhecimentos que tardam a vir. Se procurarmos pessoas perfeitas para amar, é melhor vivermos ilhados, pois elas não existem.

Se você não for capaz de revelar seus sentimentos, terá grande chance de levar para seu túmulo o melhor tesouro que possui. O amor.  


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